Inclusão de alunos com deficiência visual

Inclusão de alunos com deficiência visual

Disciplina: TE2e - SEMINÁRIO: Inclusão e Tecnologias Assistivas

Momento 4: Roteiro de inclusão

Mediadora: Sheilane Maria de A. C. Rodrigues de Britto

Nome: Ampliando o olhar além da escuridão          Turma: RJ01

 

 

Inclusão de alunos com deficiência visual

 

A visão é um sentido muito importante para o desenvolvimento humano por meio do qual adquirimos mais da metade dos conhecimentos a respeito do mundo que nos cerca. A educação de uma criança com deficiência visual deve considerar alguns fatores como a fase da vida em que surgiu a deficiência, o tempo transcorrido desde a perda, a forma como ocorreu o problema, gradual ou subitamente, entre outros.  

Pessoas com deficiência visual devem aprender a se localizar e explorar os espaços, identificando diferentes tipos de piso e obstáculos no caminho, utilizando uma bengala . Assim, a disposição do mobiliário na sala de aula deve ser preservada e caberá ao professor realizar um trabalho de conscientização com a turma, para que as pequenas atitudes possam favorecer a inclusão do aluno deficiente no grupo.

Quanto maiores as oportunidades de o deficiente visual experimentar situações variadas e de interagir com o ambiente, maior será o nível de desenvolvimento e compreensão do mundo. Assim, o professor assume um papel essencial e precisa adequar suas metodologias para o atendimento a esses deficientes, respeitando suas diferenças, desenvolvendo suas capacidades e promovendo sua autonomia.

 “Duas atitudes do professor podem mudar a vida escolar e cotidiano do aluno.

  • Observar os sinais visuais apresentados pelos alunos.
  • Analisar o comportamento do aluno, durante a realização de atividades em sala de aula”.1

Ao receber um aluno com deficiência visual, o professor deve buscar se informar sobre o grau de comprometimento da visão e sobre a existência de algum relatório de acompanhamento da aprendizagem do aluno.  Essas informações podem auxiliar significativamente a planejar ações pedagógicas  e estratégias, como:

  • estimular, precocemente, o contato do educando com o mundo, num ambiente facilitador;
  •  ensinar o Braille que “é um código tátil usado para permitir a escrita e a leitura por pessoas com deficiência visual”.1
  • ensinar a Matemática através do Sorobã que é um aparelho de cálculo ideal de cálculo para deficientes visuais.2

Assim como o Sorobã, inúmeros outros artefatos tecnológicos foram criados para possibilitar o acesso à tecnologia pelas pessoas com deficiência, possibilitando “uma verdadeira revolução cultural, com a integração de muitos estudantes em classes convencionais”, além do  acesso à maior quantidade de materiais didáticos. Dentre as contribuições tecnológicas, no campo da deficiência visual, destacam-se:

  • Sistemas de síntese de voz que são programas especiais em microcomputador que trabalham em conjunto com outros programas possibilitando o acesso ao mundo digital. São eles: DOSVOX, o Virtual Vision, o Jaws, o Magic e o Talks.
  • Ampliadores de imagem e sistemas de leitura de tela, que provém de feedback sonoro ou tátil para os programas convencionais de acesso à internet.

As dificuldades encontradas quanto ao acesso de deficientes visuais na internet ainda precisam ser revistas pelos seus criadores e, para potencializar a acessibilidade, “cada projeto deve proporcionar respostas simultâneas a vários grupos de incapacidade ou deficiência  e, por extensão, ao universo de usuários”.1

Outras tecnologias úteis estão sendo aprimoradas para deficientes visuais, como a criação de bibliotecas digitais sonoras, a sonorização das funções dos palmtops, a aperfeiçoamento de óculos com leitor OCR que permite a descrição do objeto que está sendo mirado, etc.

É necessário favorecer a participação do educando nas atividades escolares; adaptar materiais de uso comum em sala de aula; buscar um posicionamento do aluno na sala da aula de modo que favoreça sua possibilidade de ouvir o professor; agrupar os alunos de uma maneira que facilite a realização de atividades em grupo e incentive a comunicação e as relações interpessoais.

Finalmente, o professor deve buscar as oportunidades disponíveis para conhecer os recursos (tecnológicos e pedagógicos) necessários para melhor atender a especificidade da deficiência do educando, mediante cursos, especializações, etc., os quais devem ser oferecidos pelos órgãos competentes.

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Referências Bibliográficas:

(1) Disponível em:<https://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod88204/TE4_base.html?codpessoa=448541&nome=      MessiasFernandesSantos&caminho=webfolio/Mod88204/>. Acesso em: 28.05.2012.

PAULA, Ana Rita de; COSTA, Carmen Martini. A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva. São Paulo: Sorri-Brasil, 2006.

SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina. Atendimento educacional especializado. Deficiência Visual. SEESP / SEED / MEC, Brasília/DF, 2007.

(2) Disponível em: https://sobreacessibilidade.wordpress.com/2011/02/01/o-soroba/

PAULA, Ana Rita de; COSTA, Carmen Martini. A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva. São Paulo: Sorri-Brasil, 2006.

SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina. Atendimento educacional especializado. Deficiência Visual. SEESP / SEED / MEC, Brasília/DF, 2007.