Colorindo a Escola do Bairro Cinza

Colorindo a Escola do Bairro Cinza

Nome: Édina Moura Vianna

Disciplina: Design didático

Turma: RJ01

Mediador: Rômulo Freitas

 

Colorindo a Escola do Bairro Cinza

 

O primeiro passo para mudar a história da Escola do Bairro Cinza é mudar a história de seus protagonistas, ou seja, de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Assim, seriam criados projetos de valorização do bairro (da comunidade escolar) e da escola (espaço físico e profissionais da educação), além de um projeto visando aumentar o desempenho escolar e a autoestima dos educandos.

O projeto inicial, a ser realizado no primeiro bimestre, seria dedicado à valorização da escola. Após encontros com grupos da comunidade e representantes do comércio local interessados em mudar a realidade da escola e da comunidade, buscaríamos parcerias para investir em pequenos reparos, pintura e na doação de equipamentos que pudessem auxiliar no processo pedagógico, tais como TV, datashow, DVD e computadores. Um mutirão para pintar a escola, deixando-a mais colorida e alegre, com a participação de pais e alunos, iniciaria o projeto. Em seguida, seria realizado um grande encontro com os responsáveis – o Dia da Família na Escola – em que seriam convidados a refletir sobre a importância de sua participação na vida escolar de seus filhos, com mensagens, músicas, gincanas, apresentações de alunos, etc. Nesse dia, poderia ser lançado um concurso para escolher um novo nome (ou slogan) para a escola, para escolher do símbolo da escola e/ou de um novo modelo de uniforme escolar. A valorização dos profissionais que atuam na escola se daria através de capacitações e do desenvolvimento de atividades de incentivo ao espírito colaborativo, visando à união e à manutenção de um ambiente de trabalho alegre e saudável, empenhado em alcançar as metas estabelecidas pelo grupo.

O segundo projeto visaria resgatar a história local, valorizando a comunidade em que os educandos encontram-se inseridos. Seria realizada uma gincana envolvendo todos os anos de escolaridade, em equipes mistas, que teriam como tarefas descobrir a data de fundação da cidade e de criação do bairro; trazer um documento oficial da década de fundação; buscar fotos antigas e recentes do bairro ou da cidade, mostrando as transformações sofridas; gravar depoimentos de moradores antigos; coletar reportagens antigas e novas sobre o bairro ou a cidade; criar maquetes de locais importantes como praças, prefeitura, igrejas, escola; observar alterações ambientais ocorridas nas últimas décadas, etc. As fotos seriam escaneadas para serem apresentadas no dia da culminância do evento; os depoimentos dos moradores seriam gravados pelos alunos com celulares ou câmeras digitais para também serem exibidos em datashow; as reportagens seriam expostas em murais e as maquetes em um corredor cultural com outros materiais pertinentes. Todos os professores estariam envolvidos na organização e planejamento da gincana, e as tarefas estariam relacionadas às diversas áreas do conhecimento. A comunidade poderia participar de um concurso de poesia ou de música sobre a localidade. O projeto seria divulgado pelos próprios alunos, que criariam slogans, cartazes e propagandas para serem divulgados em murais, jornais locais e em redes sociais.

O terceiro projeto seria uma ação voltada mais diretamente para o processo de ensino e aprendizagem. Enquanto os outros projetos estivessem em andamento, os professores e a equipe pedagógica realizariam levantamentos sobre a evolução individual dos alunos e as principais dificuldades apresentadas pelas turmas. Após reuniões pedagógicas, seriam levantadas hipóteses para as dificuldades e sugestões de estratégias para enfrentamento dos problemas, como o planejamento de aulas interdisciplinares, dinâmicas e criativas utilizando, por exemplo, as novas tecnologias. Alunos com baixo rendimento seriam incentivados a participarem dos projetos em andamento e, a partir do 3º bimestre, teriam dois dias de aulas de reforço no contraturno, com uso de jogos pedagógicos e atividades diferenciadas, que visassem à construção do conhecimento. Para isso, alunos com melhor desempenho atuariam como monitores, auxiliando o professor responsável. Assim, estimularíamos o espírito colaborativo e melhoraríamos a autoestima de todos os envolvidos no processo. Sempre que o aluno apresentasse um bom desempenho ou evolução na aprendizagem, o professor enviaria ao responsável uma carta felicitando-o e incentivando-o a também parabenizar seu filho. Por fim, as reuniões de pais seriam planejadas para incentivar a participação dos pais e orientá-los sobre como auxiliar a vida escolar dos filhos e não apenas para que fossem apresentadas reclamações sobre comportamento e desinteresse dos educandos.

 Certamente, ao melhorar o ambiente escolar, tornando-o mais aprazível; ao estimular a participação da comunidade escolar; ao valorizar alunos que se esforçam e demonstram progresso; ao incentivar a participação dos pais e ao envolver os professores no planejamento coletivo de todas as ações; haverá um considerável aumento na autoestima de todos os envolvidos resultando em uma melhoria da participação nas atividades escolares, diminuição da evasão e nos índices de reprovação, além de uma sensível mudança de perspectiva de toda a comunidade.